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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Discurso do deputado PAULO RAMOS

Hoje 10 de agosto as 17Horas e 45 minutos o deputado do PDT Paulo Ramos proferiu o seguinte discurso:
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em primeiro lugar quero manifestar a minha solidariedade aos servidores da Faetec e aos demais profissionais da educação que hoje aqui compareceram acreditando na apreciação da Mensagem encaminhada pelo Governador do Estado tratando de questões gerais ligadas ao reajuste salarial.

Eu me lembro, Sr. Presidente, quando da campanha eleitoral que elegeu pela primeira vez Governador do Estado o Sr. Sérgio Cabral, os profissionais da educação receberam em casa uma carta. Dentre os compromissos assumidos um se destacava: a incorporação do Nova Escola. Isso na penúltima eleição para governador. O Governador governou quatro anos e não cumpriu a promessa feita. Portanto, seria muito mais do que razoável que agora, considerando a opulência ostentada pelos cofres públicos, que o Governador antecipasse de uma só vez a incorporação do Nova Escola.

Porque ele estaria assim recuperando minimamente a sua credibilidade. Eu acredito que muitos profissionais da educação tenham votado na eleição de 2006, para o governo do Estado, no nome do Sérgio Cabral, acreditando naquele documento por ele assinado. Não se tratava de um discurso feito num ou noutro ambiente público. Não. Foi um documento assinado. É de se esperar que o Governador Sérgio Cabral respeite a sua própria assinatura. Já que não o fez durante os quatro anos do seu primeiro mandato, que agora venha a se redimir, concluindo de uma só vez a incorporação do Nova Escola para que os profissionais da educação possam respirar um pouco mais aliviados.

Sobre o resultado dessa incorporação passemos a discutir o percentual de incidência para o reajuste salarial. Acredito que estaríamos assim alcançando dois objetivos. O primeiro, contribuindo para que o Governador venha resgatar a sua palavra.

Aliás, o Governador deveria copiar uma atividade que muitos conhecem, uma atividade contravencional que é o jogo dos bichos, porque lá diz assim: “Vale o que está escrito.” (Palmas)

Se para alguém que enveredou pelas trilhas da contravenção pelo menos o que está escrito vale, para o nosso Governador não vai valer? Vamos então classificá-lo abaixo de um contraventor do jogo dos bichos, porque ele não cumpre sequer aquilo com que se compromete e assina.

Houve tempo em que diziam que o fio do bigode valia como assinatura, simbolicamente. Mas, em nosso Estado, a partir do comportamento do Governador Sérgio Cabral, não vale sequer a própria assinatura. Ele tem que se dar ao respeito. Ele tem que recuperar o respeito perdido diante dos profissionais da Educação. (Palmas)

Então, já existe emendas nesse sentido. Muitos parlamentares isoladamente se apresentaram, a própria Comissão de Educação também o fez. Mas nem pretendemos a autoria, e nem dividir a autoria com o Governo ou com a base do Governo. Assim como fizeram com a anistia dos bombeiros militares, que somente os integrantes da base do Governo assinaram, que eles se apropriem dessa reivindicação e eles próprios a realizem. Não ficaremos nem um pouco melindrados.

Mas não é possível ter um documento subscrito pelo Governador do Estado na caça de votos e que ele tenha permanecido quatro anos de mandato sem cumprir. É o estelionato eleitoral. Estamos diante, então, de um estelionato? (Palmas)

Sr. Presidente, acredito sinceramente que teríamos aí uma solução que eu digo assim: minimamente razoável. Incorpora de uma só vez o que resta do Nova Escola e sobre o resultado aplica-se o percentual de reajuste. Aí poderemos discutir. Vamos discutir. (Palmas)

É claro, chega a causar certo incômodo, chega a ser recebido como uma espécie de ofensa o percentual de 3,5%. Não dá para aceitar. É um cinismo. Não apenas para com os profissionais, é um cinismo para com a Educação, é um desrespeito à população.

O Governador do Estado não conseguiria nem sentar na primeira classe de qualquer avião, e nem utilizar o avião do Sr. Eike Batista para caminhar no sentido de Paris, com a remuneração que recebe o profissional da Educação mais bem remunerado. Não chegaria. Acho que ficaria no meio do caminho, faltaria combustível. Talvez o avião caísse.

Sr. Presidente, venho à tribuna para alertar a base do Governo, para ver se o Governador, nem vou dizer do alto onde ele se encontra, porque ele não se encontra no alto, no baixo onde ele se encontra... (Palmas) que ele possa receber esta mensagem: Governador Sérgio Cabral, cumpra a sua palavra, dê a resposta mais cabível para o documento que conta com a sua assinatura! Aí poderemos começar a tentar recuperar o respeito por um governador que seguramente não merece mais nenhum apreço.

Muito obrigado. (Palmas)

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