Aqui estamos em mais um relatório de assembleia do SEPE, vou tentar descrever o que aconteceu.
Pra inicio de conversa hoje eu bobeie no horário e cheguei atrasado à reunião, que já estava em andamento. Alguns representantes de entidades classistas e alunos de grêmios estudantis já tinham feito suas saudações.
Começou, assim, o momento dos informes com Danilo (da diretoria) dando noticias da audiência com o secretário de educação na semana passada. Para encurtar a conversa nada de novo foi apresentado pelo Risolia.
Interrompendo os informes uma diretora de núcleo do Sepe faz um denuncia séria que tratarei dela mais tarde em um post especial.
Prosseguindo os informes a Bia fala sobre a passeata de domingo onde segundo os organizadores deveriam estar presentes mais de 100.000 pessoas, diferente dos 27.000 informados pela PM e alguns jornais.
Neste momento tenho que sair do plenário, pois minha bateria, minha não, da máquina fotográfica, acabou, fui comprar.
Quando voltei estavam passando a estatística da paralisação:
· O Interior, segundo as informações da executiva do SEPE é de 40%;
· Na capital, segundo o mesmo órgão, o índice de adesão ao movimento é na ordem de 60% das escolas.
· Já na Baixada Fluminense as expectativas são bastante motivadoras e animadoras, segundo o SEPE o índice de paralisação nas escolas é de 80%.
Outros informes são dados, como o esclarecimento acerca dos Lap-Tops “dados” a alguns professores. Ao contrario do que se pensa os computadores não foram “dados” ou “doados” aos mestres, eles pertencem ao patrimônio da unidade escolar. Todos os professores que se aposentam, mudam de escola ou entram de licença Premio tem que os devolver a unidade escolar.
Terminado o momento de saudações, informes e etc, já aparece a primeira polêmica da assembleia que acabou sendo matéria de votação pelo plenário. A controvérsia girava entorno de quantas pessoas seriam inscritas para fazerem avaliações. Havia duas propostas: a primeira vinda do conselho deliberativo defendida por DANILO que propunha 10 inscrições de 3 minutos e a proposta defendida por um companheiro, não consegui pegar o seu nome, propondo a inscrição de 20 pessoas com 3 minutos cada fala. Votado a matéria ganhou a proposta das 10 inscrições.
Outra proposta votada nesta assembleia foi a da companheira do Sepe - Nova Iguaçu, que não se permitisse que colegas inscritos e sorteados para fazerem suas avaliações sobre o movimento não passassem sua vez para outro militante mais articulado, artifício que não permite a formação política das novas lideranças que estão aparecendo e mantendo os mesmo de sempre a darem suas avaliações e na direção do movimento. Evidentemente, como todos nós estamos sedentos por um arejamento políticos em todo e qualquer nível está proposta foi a vencedora quase que por unanimidade. Ainda bem que não foi por unanimidade, pois já dizia Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra”.
Antes que me esqueça, noto que está assembleia está arrastada, lenta, o plenário está muito agitado, parecem estarem sem paciência. Entre uma fala e outra são gritadas palavras de ordem, aquelas de sempre!
A mesa fez a leitura dos 81 nomes inscritos para avaliações e após a leitura procedeu ao sorteio dos 10 nomes. São eles:
1 –Alex
2 – Michele
3 – Ludimila do Liceu Nilo Peçanha (foi nesse colégio que fiz meus estágios quando estudei na UFF. Tinha uma associação de professores muito forte e militante, acredito que ainda tenha.)
4 – Andre; não sei de onde ele é, mas foi o único que avaliou e apresentou proposta para fortalecimento do movimento.
5 – Neide;
6 – Deise de Niterói;
7 – Rodrigo de Niterói;
8 – Florinda, que ainda permanece na luta depois de tanto tempo, se já não se aposentou, está quase.
9 – Suzana: ela alerta para a criminalização dos movimentos sociais cita alguns exemplos desse fato.
10 – O último a fazer sua avaliação não foi ouvido pela maioria dos participantes da assembleia.
Após as avaliações a mesa propõe o debate sobre a continuidade ou não da greve e ninguém se propôs a defender o fim da greve. Sendo assim passou imediatamente a votação.
Pelo desrespeito, descaso e negligência do poder executivo para com o funcionalismo público e em especial ao professor o plenário da assembleia do SEPE-RJ ( mais de três mil professores e funcionários de apoio estavam presentes) aprovou por maioria a MANUTENÇÃO DA GREVE nas unidades escolares estaduais.
eram tantos braços levantados que ficou tudo escuro
Daí em diante se procede às votações de calendário de desdobramento e mobilização do movimento. As matérias votadas e vencedoras foram:
Na sexta-feira, dia 17, a categoria realiza uma passeata da Candelária até a sede da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplag), às 10h.
A próxima assembleia será segunda-feira, dia 20, às 14h, em local a confirmar o sindicato espera que o governo faça uma contraproposta até esta data.
Eis as principais reivindicações da educação do estado:
ü Reajuste emergencial de 26% – o piso salarial hoje é R$ 610,00;
ü Incorporação imediata da totalidade da gratificação do Nova Escola (prevista para terminar somente em 2015);
ü Descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos da educação estadual, entre outras reivindicações.
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